Detalhes da notícia

Por Por Davi de Souza | Postado em: 21/07/2021 - 09:38
COM O SETOR DE GÁS NATURAL EM ASCENSÃO, ESPÍRITO SANTO PODE SER O DESTINO DE NOVO TERMINAL DE GNL DE R$ 291 MILHÕES
COM O SETOR DE GÁS NATURAL EM ASCENSÃO, ESPÍRITO SANTO PODE SER O DESTINO DE NOVO TERMINAL DE GNL DE R$ 291 MILHÕES

O cenário parece promissor para o Espírito Santo quando o assunto é gás natural. Com projetos de portos, termelétricas, Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) e até a possibilidade de uma rota de escoamento do gás do pré-sal, o estado também pode ser o destino de um novo terminal de regaseificação de GNL. O investimento no empreendimento passaria dos R$ 290 milhões, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A estatal lançou nesta semana a primeira edição do “Plano Indicativo de Terminais de GNL”, que detalha projetos apresentados em nível conceitual que podem vir a ser detalhados por empresas interessadas. A publicação foi supervisionada pela Diretora de Estudos de Petróleo e Gás Natural da EPE, Heloisa Borges (foto). O projeto indicado pela EPE no estado ficaria na cidade capixaba de Presidente Kennedy, a 150 quilômetros da capital Vitória. Segundo a estatal, o Espírito Santo desponta como uma das áreas centrais no mercado de gás natural brasileiro, conectando os mercados do Nordeste e do Sudeste.

Atualmente, a região Sudeste já dispõe de dois terminais de GNL, ambos no Rio de Janeiro – terminal da Baía de Guanabara (RJ), com capacidade de regaseificação de 30 milhões de m³/dia; e o terminal do Porto do Açu, da Gás Natural Açu (GNA), que fornecerá gás para empreendimentos termelétricos. A EPE diz que a quantidade de termais desse tipo no Sudeste pode eventualmente subir, “já que diversos investidores têm voltado sua atenção para a região”. Segundo a estatal, há pelo menos seis terminais adicionais sendo estudados, em diferentes etapas de desenvolvimento. 

terminal-gas-1024x633Nesse cenário, a cidade de Presidente Kennedy está bem privilegiada. O estudo lembra que para o município há pelo menos doiprojetos de termelétricas de médio ou grande portes, além da construção de uma zona portuária industrial, o Porto Central. A previsão é que grandes consumidores de gás instalem suas indústrias no local. A cidade também poderá abrigar uma nova rota de escoamento de gás do Présal, conforme apresentado no Plano Indicativo de Processamento e Escoamento de Gás Natural, também elaborado pela EPE. Mas o potencial de crescimento desse mercado no Espírito Santo não se restringe aos empreendimentos onshore. Como se sabe, a empresa EnP, liderada pelo executivo Marcio Felix, está buscando parceiros para construção de um hub offshore de gás natural no estado.

terminal indicado pela EPE no Espírito Santo ficaria localizado na área do Porto Central – empreendimento ainda não construído, mas que já possui Licença de Instalação. “Assumiuse a interligação do terminal a um ponto de interconexão do gasoduto Porto Central/ES  GASCAV/ESduto com 15 quilômetros 20 polegadas, estudadno PIG 2019. Adicionalmente, vale ressaltar que este gasoduto se conectaria à malha integrada através dgasoduto GASCAV proporcionando, assim, mais oportunidades para escoamento do gás regaseificado pelo terminal”, detalhou o estudo.

tabela

Custos para instalação do terminal de GNL – clique para ampliar

Os custos do terminal, sem tancagem, foram estimados em R$ 291 milhões. A implantação de um gasoduto terrestre se apresentaria como o investimento mais significativo, correspondendo a 43% dos custos diretos do empreendimento (78,2 milhões), como detalha a figura ao lado. A EPE calculou ainda qual seria o valor do investimento total caso o terminal contasse com tancagem. Nesse caso, os recursos necessários para a instalação do empreendimento subiriam para R$ 2,7 bilhões, uma elevação de R$ 2,4 bilhões em relação ao projeto sem estocagem.

Analisouse a possibilidade de inserção de uma tancagem adicional em terra, construindose na costa um tanque com capacidade de 180.000 m³ de GNLequivalente a cerca de 105 milhões de m3 de gás regaseificadoem uma área já reservada no projeto do Porto Central”, detalhou a EPE. “Devido a estes elevados custos, percebese dificuldade em encontrar agentes dispostos a realizar estes investimentos, contudo essa decisão poderá ser tomada caso faça parte da estratégia de algum empreendedor”, acrescentou.

Além do terminal do Espírito Santo, o estudo da EPE também indicou mais três potenciais projetos em diferentes regiões do país: Itacoatiara (AM), São Luís (MA) e Pontal do Paraná (PR). Os quatro projetos de terminais de regaseificação de GNL totalizam uma capacidade de regaseificação de 56 milhões de m³/dia e os investimentos alcançariam o patamar de R$ 1,1 bilhão. 





Compartilhe:
Notícias relacionadas

Fale conosco
Cultura, a rádio da Família!
A Rádio que respeita você e sua Família.
Rua 1º de maio, 694 - Centro - Palotina - Paraná
© 2024 | Todos os direitos reservados
Desenvolvido por 4aw